Nos dias 5, 6 e 7 de dezembro, o Procon/MA
realizou fiscalização em agências do Banco do Brasil em todo estado. Durante as
vistorias foram encontradas diversas irregularidades, o que demonstra a falta
de investimento na melhoria do serviço e constante desrespeito ao direito dos
consumidores. Situações como essa reforçam a importância da Ação Civil Pública
protocolada pelo órgão para impedir o fechamento de 13 agências no Maranhão.
Ao todo, foram 23 agências do Banco do Brasil
fiscalizadas nos municípios de São Luís, Açailândia, Bacabal, Balsas, Barra do
Corda, Barreirinhas , Caxias, Chapadinha, Codó, Coroatá, Cururupu, Carolina,
Estreito, Imperatriz, Pedreiras, Presidente Dutra, Santa Inês, Santa Luzia e
São João dos Patos, São José de Ribamar, Timon, Viana. Em São Luís, onde
iniciou a operação, a equipe do Procon/MA esteve nas agências que apresentam
maior número de reclamação dos consumidores. Na maioria delas, foram
constatadas falhas na prestação do serviço.
Na agência da Deodoro na capital, foram
identificados sete caixas de autoatendimento sem dinheiro para saque, além de
demora excessiva, filas longas e falta de bancários para auxiliar no
atendimento dos consumidores.
Nos municípios, entre as irregularidades
encontradas estão a desobediência à Lei Estadual 7.806/2002 (que determina
tempo máximo de 30 minutos de espera por atendimento nos guichês), o
desabastecimento dos terminais de autoatendimento e a demora excessiva no
atendimento negocial.
A funcionária pública Maria Benedita Moraes foi
uma das consumidoras prejudicadas pela falta de dinheiro no caixa. “Eu preciso
fazer a matrícula do meu filho até hoje na escola, porém, já estive em duas
agências do Banco do Brasil e nenhuma tinha dinheiro disponível para saque.
Agora não sei como vou fazer, preciso voltar ao trabalho e não posso ficar
esperando essa fila”, desabafa a consumidora.
Depoimentos como esse são comuns nas filas de
atendimento do Banco do Brasil, onde a equipe do órgão presencia, também, falta
de infra-estrutura para idosos e pessoas com deficiência aguardarem a demora no
atendimento.
Segundo o presidente do Procon/MA e diretor dos
Procons Nordeste, Duarte Júnior, fechar agências bancárias diante deste cenário
é paradoxal aos grandes lucros do Banco do Brasil. “É contraditório acreditar
que o consumidor maranhense não será afetado com o fechamento de 13 agências no
estado. Constatamos diariamente em fiscalizações falha na prestação do serviço,
o que demonstra a necessidade de mais investimento por parte da instituição. O
fechamento de agências é um retrocesso”, explica o presidente.
Na última semana, as agências do Banco do
Brasil no Anjo da Guarda e Hospital Materno Infantil tiveram atividades
encerradas. O Procon/MA pedirá prazo de reativação para a Justiça com base na
ação civil pública deferida na semana passada, que proíbe o fechamento de
agências do Banco do Brasil no Maranhão. Nesta semana, também declararam apoio
à ação o Ministério Público Estadual, a Defensoria Pública do Estado, a Ordem
dos Advogados do Brasil, Seccional Maranhão (OAB/MA) e o Instituto Brasileiro
de Estudos e Defesa das Relações de Consumo (IBEDEC-MA).
Nenhum comentário:
Postar um comentário