Um grupo de 212 médicos cubanos embarcou, na
tarde desta quinta-feira (15), na Base Aérea de Brasília, em três aviões da
Força Aérea Brasileira, com destino aos estados do Ceará, Maranhão e Paraíba,
onde irão trabalhar em diversos municípios pelo programa Mais Médicos. Esses
profissionais substituem parte dos colegas que encerram sua atuação no
programa, num total de 1.380 profissionais.
Segundo o Ministério da Saúde, até o fim de
dezembro estas vagas serão repostas, atendendo a 1.040 cidades. O secretário de
Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, Rogério Abdalla elogiou os médicos que
compõem o programa e sua participação no incremento da saúde no país.
“Estive viajando pelo Piauí, Alagoas, pelo
Brasil afora. A gente passa a compreender a importância desses médicos lá na
ponta. Nas cidades que não têm os recursos dos grandes centros, você vê a
importância desses profissionais, que são bons, são humanistas. Estamos muito
bem servidos”. O secretário foi à Base Aérea saudar os médicos e desejar-lhes
um bom trabalho antes da viagem.
A médica Maria Nela Aguero, 33 anos, uma das
que aguardavam a hora do voo na Base Aérea de Brasília, disse achar o programa
Mais Médicos “muito interessante e benéfico a toda a população pobre. Nós temos
a maior vontade de oferecer saúde e amor para a população brasileira”. É a
primeira vez que vem ao Brasil e atenderá no município de Coelho Neto, no
Maranhão.
Já o Dr. Duviel Rosario, 32, que atenderá em um
distrito indígena, também no Maranhão, disse que iria trabalhar “com muito
gosto, amor e toda a vontade de oferecer ajuda a todos que não têm acesso à
saúde. Vou trabalhar com todo o profissionalismo que caracterizam os médicos
cubanos”, disse antes de embarcar no avião Hércules que o levaria a São Luis.
A previsão é que nos próximos três meses cerca
de cinco mil médicos encerrem as atividades no programa. De acordo com o
secretário Abdalla, cerca de mil médicos por mês chegarão ao país para
substituir os que saem.
A expectativa do governo é reduzir nos próximos
três anos o número de profissionais cubanos, vindos através de convênio com a
Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Atualmente, são 11,4 mil profissionais
que trabalham por convênio e o governo pretende manter apenas 7,4 mil médicos
cubanos ao final desse período. O objetivo é estimular a participação de um
número maior de médicos brasileiros, que ocupariam essa diferença de quatro mil
vagas.
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