Os dois prêmios concedidos por votação do
público ficaram com filmes produzidos em São Paulo. O documentário Pitanga, que
marca a estreia da atriz Camila Pitanga como diretora, foi escolhido o melhor
longa-metragem. O filme traça a trajetória estética, política e existencial do
ator Antônio Pitanga, pai de Camila. Na direção, a atriz fez parceria com o
cineasta Beto Brant. Também escolhido pelo júri popular, o documentário
Procura-se Irenice, dos paulistas Marco Escrivão e Thiago Mendonça, foi o
melhor curta-metragem.
O Júri Jovem, composto por pessoas selecionadas
através de uma oficina de crítica cinematográfica, foi responsável pelo prêmio
da Mostra Olhos Livres, que reúne filmes com uma linguagem mais autoral e menos
convencional. O troféu foi entregue à Lamparina da Aurora, produção maranhense
dirigida por Frederico da Cruz Machado. O longa-metragem gira em torno das
memórias de um casal de idosos em uma fazenda abandonada.
Lamparina da Aurora é o terceiro longa-metragem
de Frederico da Cruz Machado. O diretor afirma que o filme foi produzido com
baixo orçamento, sem recursos públicos, e o prêmio foi recebido como uma boa
surpresa. “É um trabalho muito artístico, porque a narração do filme é toda
poética, toda baseada em cenas de poesias de um grande escritor maranhense, o
Mauro Machado. É um filme de gênero, um suspense. Um prêmio desse dá a
possibilidade do filme ser mais falado e ser visto no cinema e em outros
festivais”.
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