O Estado de São Paulo – O advogado Francisco
Prehn Zavascki, filho do ministro Teori Zavascki, que morreu nesta
quinta-feira, 19, em Paraty (RJ), cobrou uma investigação da morte do pai e
disse que nenhuma possibilidade está descartada. “É preciso investigar a fundo
e saber se foi acidente ou não, que a verdade venha à tona seja ela qual for”,
afirmou à Rádio Estadão.
Francisco disse que a família está em contato
com colegas próximos para acompanhar os desdobramentos das investigações. O
Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) já comunicaram que
abriram processos para apurar as causas do acidente.
“Ainda não parei para pensar, não deu tempo
para pensar com mais calma nisso, mas não podemos descartar qualquer
possibilidade. No meu íntimo, eu torço para que tenha sido um acidente, seria
muito ruim para o País ter um ministro do Supremo assassinado”, disse.
O filho relatou ainda que havia grupos
contrários às investigações de casos de corrupção no País e que o ministro já
teria recebido ameaças. Ele era relator dos processos da Operação Lava Jato no
Supremo Tribunal Federal (STF), sendo responsável por conduzir os julgamentos
de investigados com foro privilegiado. “Seria infantil dizer que não há
movimento contrário, agora a questão é o que o movimento seria capaz de fazer”,
afirmou.
Francisco Zavascki disse que o pai estava
bastante concentrado na homologação das colaborações premiadas de executivos e executivos
da Odebrecht, o que estava programado para ocorrer em fevereiro. “Ele tinha
perfeita noção do impacto que tem no País e que isso poderia realmente fazer o
País ser passado a limpo.”
O velório do corpo do ministro vai ser
realizado na sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre.
Data e horário ainda não estão definidos.
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