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quarta-feira, 10 de agosto de 2016

CURIOSIDADE: Estados serão proibidos de fazer concursos nos próximos dois anos







Decisão vai fazer parte do acordo para renegociação das dívidas dos estados e também proíbe reajustes de servidores por 24 meses



Será votado na Câmara, durante esta semana, o projeto para renegociar as dívidas dos Estados brasileiros com o Governo, mas uma coisa já é certa: os Estados não poderão realizar concursos públicos ou mesmo reajustar os salários dos servidores durante dois anos.

A PLP 257- Projeto de Lei Complementar- trará também um limite teto para o aumento dos gastos dos Estados, onde as despesas deverão acompanhar a inflação do ano anterior. Esse limite, que deverá ser seguido pela União, quando for aprovado, faz parte da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) enviada ao Congresso pelo governo federal.

De acordo com o ministro Henrique Meirelles, o governo não voltou atrás nas condições para aliviar a dívida dos Estados, que chega a R$ 50 bilhões de reais, mas, por causa de manifestações de servidores e governadores semana passada, o Planalto teria feito algumas permissões que alterariam o projeto inicial e trariam desconfianças para os investidores. 

Ele anunciou que foi feito um acordo na qual o projeto da PLP 257, do deputado Esperidião Amin, do PSC-SC, manterá todo o acordo para reestruturar a dívida dos Estados, bem como, manterá também as compensações solicitadas pela União e que foram aceitas pelos Estados, que é a limitação das despesas segundo a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA - e a não realização de concursos e aumento de salário dos servidores estaduais, nos próximos dois anos. 



Para Meirelles, essas medidas limitarão o aumento da dívida pública e evitarão que tenham que fazer uma nova renegociação daqui a alguns anos. O ministro reconhece que essa negociação das dívidas não acabará com os problemas enfrentados pelos Estados, bem como a PEC com os tetos de gastos não termina com o ajuste fiscal da União.

Segundo Meirelles, devido a esses problemas que continuarão, o governo vai apresentar em breve um projeto para a reforma da Previdência Social. Além disso, até o final do ano, deverá ser enviado ao Congresso outro projeto que visa mudanças na Lei de Responsabilidade Fiscal, que discutirá melhorias na contabilização de gastos com a folha de pessoal. Esse projeto englobará todas as esferas do governo. Para Henrique Meirelles, quanto mais rápido tudo for aprovado, melhor será para o Brasil renegociação de dívidas.


"Eu gostaria de anunciar, com satisfação, que foi acordado que o parecer do relator (do PLP 257), deputado Esperidião Amin (PSC-SC) vai, não só manter integralmente todo o acordo de reestruturação da dívida, como, também, as duas contrapartidas que foram demandadas pela União e aceitas pelos estados: a limitação do crescimento das despesas dos estados à inflação medida pelo IPCA nos mesmos termos da PEC para o governo federal e a limitação, por dois anos, de aumentos salariais a funcionários estaduais e de realização de concursos", diz. Segundo o ministro, as medidas serão eficientes para limitar o aumento da dívida pública. "Essa é uma questão fundamental porque evita que, daqui a alguns anos, venhamos a ter um novo processo de renegociação", afirma. Ele admite, contudo, que a renegociação das dívidas não acaba com todos os problemas dos estados, assim como a PEC do teto de gastos não esgota o ajuste fiscal da União. Por isso, o governo apresentará, proximamente, o projeto para a reforma da Previdência. Meirelles informa ainda que o governo enviará, até o fim do ano, ao Congresso um projeto para mudanças na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O principal ponto a ser discutido será a melhora na contabilização dos gastos com pessoal. As alterações devem englobar todas as esferas de governo. O ministro disse que viu a necessidade de mandar esse projeto em separado, devido à "contaminação" do debate sobre o tema. "Quanto mais rápido tudo for aprovado, melhor para o país", diz.

ATENÇÃO CONCURSEIROS DE PLANTÃO 

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