Enquanto muita gente está ocupada demais
criticando o Pokémon Go, algumas pessoas preferem buscar o impacto positivo do
jogo. É o caso deste professor de geografia de Rio Preto, que decidiu usar o
aplicativo em suas aulas para envolver os alunos e ensiná-los a compreender
mapas.
Um professor de geografia de São José do Rio
Preto (SP) tem aproveitado a febre "Pokémon Go" para ensinar sua
disciplina aos alunos. Leandro Ferreira, de 34 anos, professor do 3º ano da
Escola Municipal Professora Regina Mallouk, diz que analisou o game para
ensinar seus alunos a lerem e compreenderem mapas. Na última segunda-feira,
ele foi para as ruas com os alunos.
"Os alunos não podem trazer celular para
a sala de aula, mas neste dia os pais e a escola autorizaram. Fomos às ruas
divididos em grupos para mapear o entorno da escola. Colocamos no mapa pontos
de ônibus, telefones públicos, casas dos alunos, supermercados e, é claro,
pokestops e locais mais comuns para o aparecimento de pokémons", diz.
Ferreira conta que é jogador de videogame
desde criança e ao jogar "Pokémon Go" percebeu o potencial do jogo
como ferramenta educacional.
“Como professor, busco sempre a inclusão de novas tecnologias no processo
de ensino/aprendizagem. "Pokémon Go" desperta o interesse nas
crianças e apresenta um mapa (como o Google Maps)."
Segundo o professor, ele usa o interesse e a
motivação dos alunos, que têm 8 e 9 anos, com o game para ensinar sobre mapas e
legendas. "Uso o game a meu favor na educação, já que eles gostam de
novidades, ficam intertidos e ainda aprendem. Antes de sairmos às ruas dei
dicas e orientações de cuidados para jogarem."
Ferreira diz que "Pokémon Go" é um
game social geográfico e é preciso cuidados para jogar com segurança. "Os
alunos foram orientados, por exemplo, a sempre jogarem em grupo ou com um
adulto, a não atravessarem a rua olhando para o celular e a não pularem
muros", afirma. Outra recomendação repassada pelo professor foi para não
jogarem à noite ou perto de locais perigosos, com pouca iluminação ou próximos
a rios e córregos.
O professor diz que com a pesquisa de campo,
os alunos montaram seus mapas em sala de aula e criaram redações sobre os
problemas sociais do bairro, já que andaram e conheceram melhor o local em que
moram.
"Além disso, os alunos aprenderam com problemas matemáticos de soma
e subtração com o peso e a altura dos pokémons e a história do bairro nos
pokestops do game", afirma.
Sobre a mania "Pokémon Go", o
docente alerta: “Este game é um fenômeno social. Nas praças, shoppings e
parques há dezenas, centenas de pessoas jogando, mas tudo o que é demais é
ruim. Seja jogar videogame, ler livros, ou usar a internet. Por isso, é preciso
saber dosar as atividades."
Ele afirma que cabe ao adulto orientar as
crianças, sejam os pais ou os professores. "No meu caso, o que mais gosto
no game é a possibilidade de sair de casa e explorar o ambiente, ensinar e
aprender sobre a cidade e conhecer novos lugares e amigos", diz.
(Fonte G1)
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