A operação foi realizada no Congresso Nacional
e o chefe de polícia do Senado teria ajudado Sarney, Collor e Lobão contra a
Lava Jato.
A Polícia Federal prendeu, na manhã desta
sexta-feira (21), quatro policiais legislativos suspeitos de prestar serviço de
contra inteligência para ajudar senadores investigados na Lava Jato e em outras
operações. A suspeita é que esses policiais faziam varreduras nas casas dos
políticos para, por exemplo, identificar e eliminar escutas instaladas com
autorização judicial.
A operação se baseou no depoimento de um
policial legislativo. Ele relatou à Procuradoria-Geral da República que o chefe
da polícia do Senado teria realizado medidas de contra inteligência nos
gabinetes e residências dos senadores Fernando Collor de Mello (PTC-AL), Edison
Lobão (PMDB-MA) e do ex-senador José Sarney (PMDB-AP), que foi presidente do
Senado.
A prisão dos quatro policiais suspeitos é a
temporária, com prazo definido para terminar. Um dos presos é Pedro Ricardo Araújo
Carvalho, chefe da polícia legislativa. Foram expedidos ainda cinco mandados de
busca e apreensão e quatro de afastamento de função pública. Os policias
legislativos são servidores do Congresso que atuam na segurança no prédio.
“Foram obtidas provas de que o grupo, liderado
pelo diretor da Polícia do Senado, tinha a finalidade de criar embaraços às
ações investigativas da Polícia Federal em face de senadores e ex-senadores,
utilizando-se de equipamentos de inteligência”, afirmou a Polícia Federal em
nota sobre a operação.
De acordo com o Ministério Público Federal, que
atuou em parceira com a PF nesta sexta, não há mandados contra políticos nem
foram realizadas buscas em gabinetes de parlamentares no Congresso.
Os mandados da operação desta sexta foram
autorizados pela Justiça Federal do DF, a pedido do Ministério Público Federal
no DF.
Nenhum comentário:
Postar um comentário