Atendendo a uma solicitação da Agência Estadual
de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), o Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento alterou o regime de vacinação contra febre aftosa no
estado e nos outro oito que compõem a região Nordeste. A partir da campanha
deste ano, todo o rebanho será vacinado na primeira etapa, em maio, e apenas os
animais até 24 meses serão vacinados na segunda etapa, em novembro.
A medida representa uma economia de quase R$ 9
milhões para os criadores maranhenses, considerando o valor atual da vacina,
tendo em vista que, em novembro deste ano, apenas 2,5 milhões de cabeças até 24
meses, de gado bovino e bubalino, precisarão ser vacinadas, em vez dos 7,6
milhões de animais vacinados em novembro de 2016, referente ao total do rebanho
do estado. A etapa de maio permanece como vinha sendo realizada nos anos
anteriores.
De acordo com o presidente da Aged, Sebastião
Anchieta, a mudança é justificada por aspectos econômicos e climáticos da
região. “A segunda etapa acontece durante o período de estiagem, quando o
índice de queimadas é maior e quando o criador tem mais dificuldades com a
nutrição do gado, o que se reflete na vacinação. Por isso a mudança era
necessária, sobretudo para que o regime se adequasse à realidade dos produtores.
Com isso vamos trabalhar para atingirmos status de livre da febre aftosa sem vacinação”,
explicou.
Na segunda etapa de vacinação contra febre
aftosa de 2016, realizada em novembro, o Maranhão conquistou o primeiro lugar
do Nordeste, com 98,44% do rebanho imunizado, chegando ao quarto recorde
seguido no governo Flávio Dino.
Para o secretário de Agricultura, Pecuária e
Pesca, Márcio Honaiser, a medida reflete a eficiência do estado no trabalho
pela sanidade do rebanho e é fruto do trabalho conjunto da defesa agropecuária
e dos produtores. “Os últimos dois anos de recordes de vacinação estão agora
sendo reconhecidos, proporcionando uma economia para o criador e dando a ele a
oportunidade de investir em outros aspectos importantes para o rebanho, como
manejo, nutrição e mesmo no combate a outras doenças, como brucelose e
tuberculose. É uma medida que valoriza nosso gado e o torna ainda mais
competitivo”, disse.
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