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terça-feira, 18 de abril de 2017

MARANHÃO: Concurso para a polícia sai ainda neste ano, diz Flávio Dino, mas o imbróglio com os aprovados no concurso da PMMA de 2012 continuam tirando o sono do governo do MA


O Maranhão vai ter concurso público para novos policiais ainda neste ano. O anúncio foi feito nesta terça-feira (18) pelo governador Flávio Dino, durante entrevista ao programa “Comando da Manhã”, na Rádio Timbira, transmitida para quase 40 emissoras de todo o estado.

“Temos feito um esforço bastante grande de qualificação e recomposição do contingente da polícia. Temos hoje um número recorde de policiais, de mais de 12 mil, após muitas contratações e nomeações”, disse.

Flávio afirmou que, se contar policiais militares, civis e bombeiros, são quase 3 mil nomeações desde 2015.

“Agora é hora de novo concurso. Já autorizei a Polícia Civil, a Militar e os Bombeiros para que façam o edital e que as provas saiam neste ano, para que no próximo tenhamos mais policiais nomeados.”

Ele também lembrou a distribuição de 577 viaturas aos municípios maranhenses nestes pouco mais de dois anos. Flávio ainda disse que em 2017 serão entregues mais 130 novos carros e 100 novas motociclistas.

“Vamos entregar 230 novas viaturas neste ano para os policiais novos que chegarem encontrem os veículos novos, além dos equipamentos que temos comprado”, afirmou.

Aprovados em concurso da PMMA de 2012 lutam pelo Curso de Formação



Atualmente o Estado tem cerca de 850 aprovados no concurso público da Polícia Militar do Maranhão realizado em 2012; os mesmos encontram-se em situação Sub Judice, mas prontos para fazer o Curso de Formação; os candidatos já fizeram as principais etapas, 1º prova, 2º TAF, 3º Psicotécnico e 4º Exames. Agora só restam Investigação Social (5º etapa) e o sonhado Curso de Formação (6º e última etapa).

Segundo a comissão dos  sub judice da PM, os 320 militares convocados que estavam fazendo o Curso de Formação de Soldado (CFSD), por força de uma medida liminar, tiveram o curso suspenso também por outra decisão liminar, que acolheu pedido de tutela de urgência da Procuradoria Geral do Estado.



O presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia, deputado Júnior Verde (PRB), e o deputado Wellington do Curso (PP) reuniram-se na Sala das Comissões, com os Sub Judice da Política Militar. O objetivo foi conhecer a situação jurídica dos mais de 850 classificados no último concurso da Polícia Militar (PM), realizado em 2012.

O Governo do Maranhão alega que não conta com recurso para chamar os Sub Judice da PM, mas, recentemente, nomeou 1.196 policiais militares que se formaram na turma de março de 2017. Esse efetivo ainda não é o suficiente para a nossa realidade. No Maranhão, mesmo com os novos PM’s, o efetivo está muito longe de cumprir com a determinação das Organizações das Nações Unidas (ONU), que aponta a necessidade de, no mínimo, um policial para cada 250 pessoa em média. Aqui temos 1 policial para 850 habitantes.



Deputado Júnior Verde abriu a reunião declarando que a causa dos sub judice é legítima e justa, que é preciso que se aumente o contingente policial no estado, para que a população tenha mais segurança, e que o Governo quer resolver esse problema. “ Inclusive, quando da entrega em mãos da pauta de trabalho da Comissão de Segurança da Assembleia ao secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, ele fez questão de afirmar que se ele pudesse, convocaria todos”, revelou.



O deputado Wellington do Curso afirmou, por sua vez, que os sub judice têm seu incondicional apoio e que o problema enfrentado por eles já se arrasta desde o ano passado e, infelizmente, de lá para cá, pouca coisa evoluiu. “A sensação que tenho é como se a gente tivesse enxugando gelo. Estamos cansados de desculpas. Falta vontade de fazer por parte do Governo do Estado. Mas se vocês, sub judices, permanecerem unidos e organizados, vão conseguir o que reivindicam. Queremos ser um instrumento de apoio de vocês”, ressaltou.

POSIÇÃO DOS SUB JUDICES

Segundo Danny Roger Pereira Rocha, representante dos sub judices da PM, os 320 militares convocados que estavam fazendo o Curso de Formação de Soldado (CFSD), por força de uma medida liminar, tiveram o curso suspenso também por uma decisão liminar, que acolheu pedido de tutela de urgência da Procuradoria Geral do Estado. “Se a Lei é igual para todos, por que só suspenderam o curso dos militares. Como é que o Governo diz que não conta com recurso para chamar os sub judices e, recentemente, nomeou  1.196 os formando da turma de março de 2017”, questionou.



Para Fabiane Cristina Ferreira Mendes, o número de policiais militares, no Maranhão, está muito aquém de cumprir com a determinação das Organizações das Nações Unidas (ONU), que prevê 250 policiais para cada pessoa. “Aqui temos 850 policiais por cada habitante. Acho que temos que usar a nossa força a favor de todos nós. Precisamos nos unir e se organizar cada vez mais. Há situações, juridicamente, as mais diversas entre nós. Precisamos manter laços de solidariedade”, destacou.



O coronel da reserva Odair e o sargento Ebenilson também solidarizaram-se com os sub judice e advertiram que a luta que travam é justa e que a vitória vai depender do poder de união e organização de todos eles. “O Estado vai precisar repor os militares e são vocês que têm os direitos de serem convocados. Contem com o nosso irrestrito apoio”, declarou Odair. “Jamais desistam de lutar por seus direitos”, complementou Ebenilson.

ENCAMINHAMENTOS

Constituir uma Comissão dos Sub Judice e agendar reuniões com o Procurador Geral do Estado, Rodrigo Maia Rocha, e com o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, Cleones Cunha, foram os encaminhamentos aprovados na reunião.

AVALIAÇÃO


Júnior Verde avaliou a reunião como muito positiva, uma vez que oportunizou aos sub judices relatarem as diversas situações que estão vivenciando na aluta que travam pelo direito de ingresarem no quadro da Polícia Militar do Maranhão. “Houve o diálogo e tiramos encaminhamentos que vão trazer bons resultados. A Comissão de Segurança da Assembleia vai fazer a sua parte  para que se faça justiça com os sub judices da PM”, acrescentou.

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