A Polícia Federal deflagrou hoje uma operação
que prendeu no Sul do País uma quadrilha que prometia fraudar o sistema de
registros de votos das urnas eletrônicas para quem pagasse até R$ 5 milhões.
Há suspeitas de envolvimento de funcionários
dos tribunais regionais eleitorais que têm acesso aos cartões de memória das
urnas.
Veja nota oficial distribuída pela PF:
''A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje,
13/09, a Operação Clístenes com o objetivo de desarticular uma organização
criminosa que prometia fraudar urnas eletrônicas nas eleições municipais de
2016.
Foram cumpridos três mandados de prisão
preventiva, dois em Brasília (DF) e um em Xangri-lá (RS), três mandados de
condução coercitiva, em Xangri-lá, Canoas (RS) e Piripiri (PI), e cinco
mandados de busca e apreensão, em Canoas, Xangri-lá, Goiania (GO) e dois em
Brasília.
A denúncia partiu de um prefeito de município
da região metropolitana de Porto Alegre. Os criminosos diziam ter contato com
uma empresa que atualiza o software das urnas eletrônicas e cobrariam R$5
milhões para, supostamente, fraudar a eleição para prefeito e R$600 mil para,
supostamente, fraudar a eleição para vereador.
Após o cumprimento dos mandados, realizado
hoje, constatou-se tratar de estelionato, pois não há indícios de que os criminosos
realmente poderiam obter êxito em fraudar as urnas eletrônicas e nem mesmo
teriam contato com a empresa de atualização de software.
Os presos responderão pelos crimes de
estelionato e organização criminosa, cujas penas somada variam de quatro a treze
anos de reclusão. Serão encaminhados ao sistema prisional onde permanecerão à
disposição da Justiça Eleitoral.
O nome da Operação: Clístenes foi um político
grego antigo, que levou adiante a obra de Sólon e, como este último, é
considerado um dos pais da democracia.
Segundo a Secretária de Tecnologia da
Informação do TRE-RS, a urna eletrônica possui mecanismos de segurança que
garantem que somente os programas gerados na cerimônia de lacração, única
oportunidade em que a chave de assinatura oficial dos sistemas é utilizada,
possam ser executados com status de aplicação oficial. Nessa oportunidade, os
programas são inspecionados, fazendo que não haja como alguém gerar um programa
malicioso para fraudar a eleição''.
Coluna Esplanada, Uol
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