Através da ação nacional Raio-X Bolsa Família,
iniciativa do Ministério Público Federal (MPF), foram identificados 25 mil
suspeitos de receberem o benefício no Maranhão. O projeto coordenado pelas
Câmaras Criminal e de Combate à Corrupção do MPF expediu recomendações em todo
o país, no período de julho a setembro deste ano para que os gestores
municipais informassem o número de irregularidades confirmadas.
Segundo o Raio-X, desde 2013, 4.703 prefeituras
que receberam visitas domiciliares, possuem mais de 874 mil beneficiários do
programa Bolsa Família suspeitos de não cumprir os requisitos econômicos
estabelecidos pelo governo federal.
Para o procurador da República Juraci Guimarães
Júnior, “a investigação levada a cabo pelo MPF no Maranhão é fundamental para
corrigir as irregularidades e punir os responsáveis pelo recebimento indevido
dos valores do programa Bolsa Família, cuja existência deve ser destinada
exclusivamente a pessoas de baixa renda”, declarou.
Os casos suspeitos foram identificados por meio
de ferramenta de inteligência desenvolvida pelo Ministério Público Federal a
partir do cruzamento de dados públicos fornecidos pelo próprio Governo Federal,
pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pela Receita Federal e pelos Tribunais
de Contas estaduais e municipais.
O diagnóstico sobre o maior programa de
transferência de renda, assim como as ações propostas e os resultados
alcançados estão disponíveis no site www.raioxbolsafamilia.mpf.mp.br. Nele, o
cidadão poderá acessar a versão interativa da ferramenta de inteligência
desenvolvida pelo MPF e filtrar os dados selecionando a(s) unidade(s) da
federação e município(s) que desejar.
Além disso, o cidadão poderá acessar a versão
interativa do BI. A ferramenta contém quatro painéis – Visão Nacional; Perfis
Suspeitos; Ranking e Recomendações – nos quais é possível filtrar os dados por
UF e por município.
A versão interativa da ferramenta soma os
perfis suspeitos que aparecem cadastrados em mais de um estado, em mais de um
município ou em mais de uma categoria. Portanto, a soma dos números de
beneficiários pode variar. No total, são 909.672 benefícios suspeitos sendo
pagos a 874.115 pessoas (beneficiários com Número de Inscrição Social – NIS).
As recomendações foram expedidas em todo o país
no período de julho a setembro deste ano, com prazo de 60 a 120 dias. As
respostas às recomendações ainda estão sendo recebidas e processadas pelo MPF.
Dados do Maranhão – Dentre a recomendações no
estado, 73,7% já foram atendidas. As cidades de Imperatriz, São Luís e Paço do
Lumiar lideram o ranking de perfis suspeitos.
Sendo os perfis de:
20.978 empresários (R$ 96.148.935) – Foram
incluídos nesse grupo tanto os titulares do benefício, quanto aqueles que
integram seu clã familiar, cujos CPF (Cadastro de Pessoa Física) ou NIS (Número
de Inscrição Social) utilizados no cadastro do programa estão vinculados a um
ou mais CNPJs (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), indicando que são pessoas
proprietárias ou responsáveis por empresas. O MPF não descarta a possibilidade
de haver pequenos empresários que atendam aos requisitos de hipossuficiência
(pobreza ou extrema pobreza) exigidos pelo programa para a concessão do
benefício, mas entende que, em tese, esses seriam poucos casos. A revisão
cuidadosa do cadastro desses beneficiários, com visitas prévia pela prefeitura,
torna-se necessária para um melhor controle do programa.
4.119 servidores públicos (R$ 14.192.381) –
Integram esse grupo tanto os titulares do benefício, quanto aqueles que
integram seu clã familiar, que são servidores públicos federais, estaduais ou
municipais. A condição de servidor, por si só, não impede que o cidadão se
enquadre no perfil econômico exigido pelo programa para a concessão do
benefício. Contudo, como a Administração Pública não pode pagar a qualquer
servidor vencimento inferior ao salário mínimo, tendo o beneficiário declarado
ter família com menos de quatro pessoas, conforme já apurado também pela
ferramenta, o MPF entende que esses cadastros merecem ser revisados, com
visitas prévia às famílias.
636 falecidos (R$ 2.343.113) – Estão nesse
grupo os titulares (recebedores) de benefícios do programa Bolsa Família cujos
CPF (Cadastro de Pessoa Física) ou NIS (Número de Inscrição Social) utilizados
no cadastro foram identificados como pertencentes a cidadãos falecidos. A
recomendação do MPF nesses casos é para que a prefeitura verifique, inclusive
com visita local às famílias feita pelas prefeituras, se houve algum equívoco
no momento do cadastro e se o recebedor do benefício de fato está vivo.
343 doadores de campanha (R$ 410.3800) – Estão
agrupados nesta categoria tanto os titulares do benefício, quanto aqueles que
integram seu clã familiar, que aparecem, segundo dados do TSE, como doadores de
campanha no mesmo exercício em que receberam o benefício do Governo Federal.
Assim como no caso dos beneficiários servidores, o fato de ser um doador não
significa, por si só, que o beneficiário está em situação irregular ou não
cumpre os requisitos de capacidade econômica exigidos para o recebimento do
benefício. No entanto, quando o valor doado supera o valor recebido a título de
Bolsa Família, é possível inferir que o beneficiário não precisa do dinheiro
para sua subsistência. Daí a necessidade de revisão dos cadastros de
beneficiários nessa condição, precedida de visita pela prefeitura.
55 servidores públicos doadores de campanha (R$
256.768) – Compõem este grupo tanto os titulares do benefício quanto aqueles
que integram o clã familiar informado que são, simultaneamente, servidores
públicos (federais, estaduais ou municipais) e doadores de campanhas
eleitorais, independentemente do valor doado.
PQP velho aqui tem muita gente irregular ,pessoas com comercio grande ,já estava na hora de acabar com essa palhaçada aqui em Bacabal muitos negos que precisam é foda
ResponderExcluirquero ver pau quebrar nas costas de peixe grande ,aqui parece que tinha até filho de vereador recebendo ,quero ver agora
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