A promotoria espanhola pediu nesta quarta-feira
dois anos de prisão de Neymar e cinco anos para o ex-presidente do Barcelona
Sandro Rosell por crimes de corrupção e fraude na contratação do atacante junto
ao Santos, em 2013. Além disso, a promotoria também pede que o craque pague uma
multa de € 10 milhões (quase R$ 36 milhões).
A justiça espanhola tinha arquivado o processo
em julho desse ano, mas a promotoria recorreu e reabriu o caso em setembro. No
início de novembro, pouco mais de um mês depois, o juiz José de la Mata aceitou
denúncia contra Neymar e seu pai por fraudes fiscais na transferência do
jogador. O atual presidente do clube catalão Josep Maria Bartomeu, e seu
antecessor, Sandro Rosell, também estavam sendo investigados. Ao contrário do
que aconteceu na primeira vez em que o processo foi aberto, o Barcelona não foi
denunciado. O clube já havia se declarado culpado e já pagou multa de cerca de
R$ 19,9 milhões.
Relembre o caso
A causa contra Neymar foi iniciada a partir de
denúncia do grupo de investimento DIS, que detinha direitos econômicos sobre
Neymar na época do Santos, em junho de 2015. O grupo tinha direito a 40% do
valor da transação feita entre Santos, o pai de Neymar e o Barcelona. Mas diz
ter sofrido prejuízo porque o negócio teria sido fechado por quantias maiores
do que o oficialmente informado.
Segundo a Promotoria, o Barcelona simulou
contratos para pagar um valor menor ao DIS e, por isso, o grupo deve ser
indenizado em cerca de 3,3 milhões de euros. O Barcelona pagou ao DIS 40% de 17,1
milhões de euros, quando deveria ter pago ao grupo 40% de 25,1 milhões de
euros.
Por fim, a Promotoria Espanhola diz que a
transação para contratar Neymar custou aos cofres do clube 83,3 milhões de
euros, e não 57,1 milhões de euros, como sempre alegou o Barça.
(Do Globo)
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