A mãe da atriz Eliza Samudio, Sônia de Fátima
Marcelo da Silva de Moura, recorreu contra a soltura do goleiro Bruno,
determinada no mês passado pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo
Tribunal Federal (STF)
No pedido para prender novamente o atleta,
Sônia diz que sua liberdade põe em risco a segurança e paz social, além de sua
própria integridade física e de seu neto, filho de Bruno com Eliza.
Detido em 2010 pela acusação de mandar matar
Eliza, Bruno aguardava preso o julgamento de um recurso apresentado à Justiça
de Minas Gerais. No último dia 24, o ministro Marco Aurélio Marco Aurélio
entendeu que havia excesso de prazo na prisão e que o goleiro tem direito a
aguardar em liberdade a decisão sobre os recursos.
No recurso contra a soltura, a mãe de Eliza
relembra que Bruno não foi apenas condenado por mandar matar a ex-companheira,
mas também por anteriormente, ter ameaçado, batido e prendido ela quando estava
grávida.
“O paciente [goleiro Bruno] não só oferece
risco, como também já manifestou seu interesse que colocar as mãos na vítima
Bruno Samudio de Souza [filho do goleiro com Eliza] e, teme a embargante
[Sônia] que possa ocorrer com seu neto e consigo mesma, o que aconteceu com sua
filha, ser morta”, diz o recurso.
Sônia diz que o goleiro é “pessoa fria,
violenta e dissimulada” e que sua personalidade é “desvirtuada” e “foge dos
padrões mínimos de normalidade”.
“Visível a demonstração de que o paciente,
quanto sentir-se seguro, calculista e frio, bastando apenas, analisar suas
declarações em rede nacional de televisão : ‘que mesmo que existisse prisão
perpetua no Brasil , nem isso, traria a vitima de volta’”, diz a peça.
Caso
O goleiro Bruno Fernandes foi condenado em 2013
a 22 anos e 3 meses pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio,
sua ex-namorada, e também pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho.
Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi
achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de
quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a
paternidade.
Embora já tenha sido condenado, Bruno estava
preso preventivamente, enquanto aguarda o julgamento de sua apelação ao
Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Bruno também foi condenado pela Justiça do Rio
de Janeiro por cárcere privado, lesão corporal e constrangimento ilegal contra
Eliza Samudio. Mas, segundo o advogado, ele já cumpriu essa pena.
No despacho de soltura, Marco Aurélio
determinou que Bruno deve ficar na casa que informar à Justiça, atender aos
chamamentos judiciais, informar eventual transferência e "adotar a postura
que se aguarda do cidadão integrado à sociedade".
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