Por: John Cutrim
O governador Flávio Dino fez
uma sugestão ao ex-senador José Sarney e o senador João Alberto atendeu. Dino
pediu que Sarney e seu grupo fossem, ao menos uma vez, fiéis aos aliados.
“Defendam o governo Temer. Sem traição. Vamos ver se vocês conseguem pelo menos
uma vez”, afirmou.
Ontem (19), o senador João
Alberto, um dos principais aliados de Sarney, concedeu entrevista ao Jornal
Nacional, da Rede Globo, e declarou acreditar na inocência do presidente Michel
Temer. “Quem conhece o Temer de perto, sabe que ele além de ser um jurista
muito competente, é um cidadão muito delicado. O Temer procura sempre tratar
bem as pessoas, o que eu vi ali é o Temer não querer tratar mal a ninguém. Pelo
que eu vi pelos áudios, eu não vejo nada contra o Presidente da República, mas
eu acredito que não pese nada contra ele“, afirmou João Alberto.
Logo após a defesa de Alberto
a Temer, o governador Flávio Dino se manifestou. “A destacada liderança da
oligarquia Sarney, o senador João Alberto, foi ao Jornal Nacional defender o
governo Temer. Parabéns pela coragem", disse.
João Alberto é aliado de José
Sarney, que foi responsável por aconselhar Temer a continuar no cargo. Assim
como Sarney, o senador até outro dia defendia o governo corrupto da presidente
Dilma Rousseff. Agora, com Michel Temer, não está sendo diferente, tendo em vista
os interesses pessoais e políticos do grupo Sarney.
EM TEMPO: No Jornal Nacional,
João Alberto defende Temer: “eu não vejo nada contra o Presidente”
O senador maranhense João
Alberto (PMDB) não viu nada demais nas acusações contra o presidente Michel
Temer reveladas durante uma conversa do mandatário do país com o empresário
Joesley Batista, dono do grupo frigorífico JBS. Em declaração nesta sexta-feira
(19) ao Jornal Nacional, da Rede Globo, Alberto confia na inocência de Temer.
“Quem conhece o Temer de
perto, sabe que ele além de ser um jurista muito competente, é um cidadão muito
delicado. O Temer procura sempre tratar bem as pessoas, o que eu vi ali é o
Temer não querer tratar mal a ninguém. Pelo que eu vi pelos áudios, eu não vejo
nada contra o Presidente da República, mas eu acredito que não pese nada contra
ele“, afirmou João Alberto.
João Alberto é aliado de José
Sarney, que foi responsável por aconselhar Temer a continuar no cargo. Assim
como Sarney, o senador até outro dia defendia o governo corrupto da presidente
Dilma Rousseff. Agora, com Michel Temer, não está sendo diferente, tendo em
vista os interesses pessoais e políticos do grupo Sarney.
Acusações contra Michel Temer
O presidente Michel Temer é
alvo de um inquérito instaurado nesta semana no Supremo Tribunal Federal para
apurar as suspeitas dos crimes de corrupção passiva, obstrução de justiça e
organização criminosa. O peemedebista foi gravado pelo empresário Joesley
Batista, dono do grupo frigorífico JBS, anuindo com a compra do silêncio do
ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, preso em Curitiba e visto como potencial
delator. “Tem que manter isso aí, viu?”, disse Temer. O presidente também foi
flagrado consentindo com a revelação de que Joesley estaria cooptando um
procurador da República e “segurando” dois juízes responsáveis pelos seus
processos. “Ótimo, ótimo”, afirmou durante uma conversa realizada em março
passado na calada da noite no Palácio do Jaburu, em Brasília. Há ainda outras
acusações que pesam sobre Temer:
Pedido de propina em bilhete
De acordo com o relato de um
ex-diretor da JBS, Ricardo Saud, em meio às eleições de 2014 o presidente
entregou um bilhete com um endereço onde deveriam ser entregues 1 milhão de
reais em dinheiro vivo na empresa de um amigo do peemedebista, o coronel
aposentado João Baptista Lima. “O dinheiro era do PT. O PT deu para o
presidente Temer para usar para campanha de vice. E assim foi feito e, não
satisfeito, ainda guardou um milhão para ele no bolso”, diz Saud. Esses
recursos fizeram parte de um acerto realizado entre o PT, o PMDB e a JBS
durante a campanha de Dilma Rousseff à reeleição.
O homem de confiança flagrado
A relação entre Joesley e
Temer era intermediada pelo deputado federal afastado Rodrigo Rocha Loures
(PMDB-PR), destacado pelo próprio presidente para cuidar dos assuntos de
interesse da JBS com o governo. Joesley e Rocha Loures acertaram então uma
propina astronômica, que poderia chegar a 600 milhões de reais, caso o
ex-parlamentar ajudasse a destravar um negócio bilionário no Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O órgão regulador da concorrência de
mercado está analisando a disputa entre uma termelétrica de propriedade de
Joesley e a Petrobras, que discordam quanto ao preço do gás natural estipulado
pela estatal. A companhia propôs pagar uma mesada semanal no valor de 500 000
reais. Uma das parcelas, entregue em dinheiro vivo, foi registrada em vídeo
pela Polícia Federal.
Dinheiro para o marqueteiro
presidencial
Pouco antes de assumir a faixa
presidencial, durante o processo de impeachment, Temer solicitou a Joesley que
bancasse 300 000 reais em despesas com o marqueteiro de confiança do presidente
Elsinho Mouco, para fazer frente às críticas feitas contra o peemedebista na
Internet. O dinheiro, mais uma vez, foi entregue em mãos ao aliado de Temer na
casa do próprio Joesley. O presidente também é acusado por delatores de ter
pedido para a JBS arcar com um mensalinho de 100 000 reais ao ex-ministro
Wagner Rossi, após a sua saída da pasta da Agricultura, em 2011, quando VEJA
revelou negócios escusos com um lobista. Rossi, amigo de longa data do
presidente, foi o responsável por apresentar Temer a Joesley.
Temer também é apontado como o
responsável por administrar repasses de caixa dois para candidatos do PMDB. Nas
eleições de 2010, a pedido do presidente, a JBS deu 3 milhões de reais para a
empresa Pública Comunicação, de Elsinho Mouco, e 240 000 reais à Ilha
Produções, pertencente a Paulo Luciano Tenuto Rossi, o “Palu”, filho de Wagner
Rossi. Em 2014, Joesley diz que, a
pedido de Temer, deu 3 milhões de reais em caixa dois para a campanha de
Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo. Dois anos depois, o presidente ainda
negociou com a JBS o repasse de 3 milhões de reais em espécie para o
ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
Lobby eficiente
Em depoimento prestado à
Procuradoria-Geral da República, Saud revelou como Temer agia em favor do grupo
de Joesley. Em 2015, a fabricante de celulose Eldorado começou a construir um
terminal de cargas no Porto de Santos, no litoral paulista. Após um mês, a obra
foi embargada pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), responsável
pela administração do terminal. Saud conta que visitou Temer em Brasília e
pediu a sua intervenção. O então vice-presidente disse que ajudaria. Uma semana
depois, a Codesp liberou a continuidade do empreendimento. Nesse caso, não há
relato de pagamentos de propinas.
Vazamento lucrativo
Joesley ainda acusa Temer de
vazar informações privilegiadas. Na conversa gravada no início de março, o
presidente antecipou ao empresário, que também é dono do banco Original, a
decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, de reduzir a
taxa básica de juros, a Selic, em um ponto percentual. Com esse tipo de
informação, Joesley poderia realizar operações vantajosas no mercado
financeiro.
(Fonte : Blog do John Cutrim)
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