O governador Flávio Dino concedeu entrevista
coletiva à imprensa maranhense na manhã desta segunda-feira (3) para analisar o
panorama pós-eleições 2016. Em seu diagnóstico, ele destacou que o Governo do
Estado atenderá a todos os prefeitos que desejarem fazer parcerias para o
desenvolvimento com justiça social, e informou que um seminário já está marcado
para o próximo dia 10 de novembro com os novos eleitos.
De acordo com Flávio Dino, o Governo do Estado
vai se relacionar com todos os municípios que desejarem efetivamente fazer
parcerias, e ressaltou que não há discriminação com nenhuma cidade. “Nesse
período, por exemplo, nós fizemos o programa ‘Mais Asfalto’ em 150 cidades do
Maranhão, não obstante tivéssemos apenas 17 prefeitos apoiando nosso Governo”,
exemplificou.
Ele destacou que um seminário já está marcado
para 10 de novembro, e terá como principal objetivo apresentar os programas de
Governo – a exemplo do ‘Escola Digna’, ‘Água Para Todos’, ‘Mais Asfalto’, apoio
ao esporte, cultura e turismo – aos novos gestores com o objetivo de construir
uma convergência de esforços, ou seja, conjugação de recursos municipais e
estaduais para que haja melhores resultados para a população.
“Demos um intervalo para que exatamente os
prefeitos e prefeitas recém-eleitos possam formar suas equipes, porque
imaginamos que é importante para que haja reuniões setoriais, com os novos
secretários de educação, novos secretários de saúde, e, assim, sucessivamente,
para que nós possamos avançar naquilo que é de interesse público”, explicou o
governador.
Em relação às parcerias com os municípios,
Flávio Dino enfatizou que dará prioridade a dois temas para 2017: água e saúde.
Para ele, o problema da água é um drama crescente no estado e o Governo proporá
parcerias sobre o tema. A respeito da saúde, o governador disse que é
impossível prover os serviços para o estado sem que haja uma atuação
consorciada. “É importante exatamente que haja a articulação entre Estado e
Municípios, uma vez que a saúde no Brasil é municipalizada, ou seja, os
recursos estão no município”, pontuou.
O governador também destacou o tema da
metropolização da Ilha de São Luís já para o ano de 2017 e adiantou que já
iniciou conversas com os prefeitos eleitos de São José de Ribamar, Paço do
Lumiar e Raposa sobre o assunto. “Nós teremos uma articulação muito forte na
Ilha e em municípios vizinhos em torno da temática da metropolização”,
confirmou.
Crime organizado na cena eleitoral
Durante a entrevista, o governador Flávio Dino
observou o crescimento da presença do crime organizado na cena eleitoral
brasileira, circunstância que se revelou também no Maranhão. Ele analisou a
atuação – na política e contra a política – do crime organizado, das facções
criminosas, das organizações criminosas e das milícias. “Isso em termos
nacionais está bastante claro. Candidatos patrocinados por organizações
criminosas, organizações criminosas financiando campanhas. Organizações
criminosas, no caso, por exemplo, de São Luís tentando impedir a eleição,
mostrando que há aquilo que já foi diagnosticado anteriormente”, esclareceu.
Segundo Flávio Dino, há uma aglutinação da
crise da Segurança Pública no Brasil e isso propicia o surgimento de vários
fenômenos como esses. Ele citou confrontos armados em vários estados, morte de
candidatos e de coordenadores de campanhas, notadamente no Rio de Janeiro,
Goiás e Paraná, e ressaltou que isso também chegou ao Maranhão.
Nesse ponto, o governador sublinhou o trabalho
notável feito pelo sistema de Segurança Pública e pelo Sistema Penitenciário do
Estado, que em meio a uma grave crise conseguiu garantir a ocorrência das
eleições com liberdade para os eleitores e para os candidatos. “Houve de fato
essa manifestação desse fenômeno aqui no nosso estado, porém a pronta resposta
que o Governo deu, com o auxílio do Governo Federal e da Justiça Eleitoral,
garantiu a ocorrência das eleições”, completou Flávio Dino.
Estiveram na coletiva com o governador Flávio
Dino os secretários de Estado Marcelo Tavares (Casa Civil), Márcio Jerry
(Comunicação e Assuntos Políticos), Antônio Nunes (Governo), Jefferson Portela
(Segurança) e Diego Galdino (Cultura e Turismo).
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