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sábado, 25 de fevereiro de 2017

CURIOSIDADES: Para delegado que investigou caso, soltura de Bruno mostra que "o crime compensa"


Carlos Eduardo Cherem
Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

O deputado federal Edson Moreira da Silva (PR-MG), que foi responsável pelo inquérito do desaparecimento de Elisa Samudio, afirmou nesta sexta-feira (24) que a soltura do goleiro Bruno Fernandes, 32, pode encerrar de vez a possibilidade de encontrar o corpo de Samudio. "Com a liberdade dele, o corpo nunca mais vai ser encontrado. Ele não vai deixar", disse Moreira.

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello concedeu habeas corpus para soltar o ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes de Souza, 32, preso desde 2010. Ele foi condenado em 2013 a 22 anos e 3 meses de prisão, em regime fechado, por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver contra a ex-amante, Eliza Samudio, além de sequestro e cárcere privado do filho que ele teve com Elize.

O ex-delegado disse que Bruno continuaria influenciando as pessoas que poderiam falar sobre o assunto, a maioria delas presa. Moreira criticou ainda a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio de Mello, responsável pela decisão que soltou o ex-goleiro: "É polêmico por natureza".

"Estou muito chateado com essa decisão. A polícia fez o seu trabalho. Fez um trabalho perfeito na reconstituição do crime, do sequestro, da morte e da ocultação do cadáver. É preciso que a Justiça faça a parte dela", afirmou o deputado.

Para Moreira, o ministro Marco Aurélio não considerou a gravidade dos crimes cometidos por Bruno. "Não faz sentido (a concessão da liberdade a Bruno). Foi uma decisão falha, que não se fundamentou na gravidade dos crimes. O ministro, inclusive, foi um dos que votaram a favor de um réu em segunda instância ser preso imediatamente. Como toma essa decisão agora? Isso é contraditório", afirmou o parlamentar.


Para o ex-delegado, "a mensagem dessa soltura é de que o crime compensa. Que se pode fazer de tudo, matar, estuprar, e ficar impune. Bruno deveria cumprir todo o tempo de prisão que recebeu por ter cometido esse crime bárbaro"

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