Gestores de São Domingos do Maranhão,
Governador Luiz Rocha e Fortuna receberam documentos.
A Promotoria de Justiça da Comarca de São
Domingos do Maranhão emitiu, em 9 de janeiro, Recomendações aos prefeitos dos
três municípios sob sua atribuição.
Foram notificados os prefeitos de São Domingos,
José Mendes Ferreira; Governador Luiz Rocha, José de Ribamar Silva Santos; e
Fortuna, Arlindo Barbosa dos Santos Filho.
Os documentos, assinados pelo promotor de
justiça Rogernilson Ericeira Chaves, titular da comarca, tratam da questão do
nepotismo nas administrações municipais.
De acordo com a Súmula Vinculante n° 13, do
Supremo Tribunal Federal (STF), cônjuges, companheiros ou pessoas que detenham
relação de parentesco consanguíneo, em linha reta ou colateral, ou por
afinidade, até o terceiro grau com a autoridade nomeante, detentor de mandato
eletivo ou servidor investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento
configuram situação de nepotismo.
Na Recomendação, o Ministério Público do
Maranhão dá prazo de 10 dias úteis para a exoneração de ocupantes de cargos em
comissão, de confiança ou funções gratificadas em situação que configure
nepotismo.
O mesmo prazo se aplica a ocupantes de cargos
políticos em que não haja a comprovação da qualificação técnica para o
desempenho eficiente do cargo.
A partir do recebimento da Recomendação, os
prefeitos também deverão se abster de nomear pessoas que se enquadrem nos casos
previstos na legislação, além de não contratar, em casos excepcionais de
dispensa ou inexigibilidade de licitação, empresa cujos sócios ou empregados
tenham parentesco com os ocupantes de quaisquer dos cargos em que fique
configurado o nepotismo.
Os contratos já existentes, nas quais haja esse
tipo de ligação familiar, não deverão ser aditados ou prorrogados.
As prefeituras de São Domingos do Maranhão,
Governador Luiz Rocha e Fortuna têm 10 dias úteis após o término dos prazos
previstos para encaminhar ao Ministério Público as cópias dos atos de
exoneração e rescisão contratual de servidores que estiverem em situação
irregular.
Caso a Recomendação não seja acatada, o
Ministério Público adotará as medidas legais necessárias para o seu
cumprimento, inclusive com a possibilidade de acionar o gestor por improbidade
administrativa.
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