Você precisaria ser assim para sobreviver a um acidente de carro
GRAHAM UMA ESCULTURA |
Escultura demonstra como o
corpo humano teria que ser para sobreviver a acidentes automobilísticos graves
Graham não é um rapaz
simpático. Ele não tem pescoço, seu crânio é um enorme capacete, suas grossas
costelas são proeminentes e suas orelhas são quase embutidas na cabeça. Ele não
existe claro, mas poderia existir se a espécie humana tivesse evoluído para
sobreviver a um desastre de carro.
A escultura foi o resultado
de uma parceira entre um médico cirurgião, uma artista e um especialista em
acidentes de carro, e faz parte de uma campanha de conscientização da Comissão
de Acidentes no Transporte (TAC) da Austrália. Segundo o órgão, as diferenças
entre um corpo real e o corpo de uma criatura projetada para sobreviver a um
acidente evidenciam nossa fragilidade no trânsito.
Estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre mortes por acidentes de trânsito em 178 países é base para década de ações para segurança
A Assembleia-geral das Nações Unidas editou,
em março de 2010, uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a
“Década de ações para a segurança no trânsito". O documento foi elaborado
com base em estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) que contabilizou, em
2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países.
Aproximadamente 50 milhões de pessoas sobreviveram com sequelas.
São 3 mil vidas perdidas por dia nas estradas
e ruas ou a nona maior causa de mortes no mundo. Os acidentes de trânsito são o
primeiro responsável por mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade, o segundo na
faixa de 5 a 14 anos e o terceiro na faixa de 30 a 44 anos. Atualmente, esses
acidentes já representam um custo de US$ 518 bilhões por ano, ou um percentual
entre 1% e 3% do produto interno bruto de cada país.
Se nada for feito, a OMS estima que 1,9
milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020 (passando para a quinta
maior causa) e 2,4 milhões, em 2030. Nesse período, entre 20 milhões e 50
milhões de pessoas sobreviverão aos acidentes a cada ano com traumatismos e
ferimentos. A intenção da ONU com a "Década de ação para a segurança no trânsito"
é poupar, por meio de planos nacionais, regionais e mundial, 5 milhões de vidas
até 2020.
O Brasil aparece em quinto lugar entre os
países recordistas em mortes no trânsito, precedido por Índia, China, EUA e
Rússia e seguido por Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito. Juntas,
essas dez nações são responsáveis por 62% das mortes por acidente no trânsito.
O problema é mais grave nos países de média e
baixa renda. A OMS estima que 90% das mortes acontecem em países em
desenvolvimento, entre os quais se inclui o Brasil. Ao mesmo tempo, esse grupo
possui menos da metade dos veículos do planeta (48%), o que demonstra que é
muito mais arriscado dirigir um veículo — especialmente uma motocicleta —
nesses lugares.
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