A Polícia Federal deflagrou
nesta terça-feira a segunda Fase da Operação Glasnost, que combate a exploração
sexual de crianças e o compartilhamento de pornografia infantil. Segundo a TV Globo, nessa segunda fase, deflagrada
hoje, foram 20 prisões, sendo 17 em flagrante e 3 preventivas.
Cerca de 350 policiais
federais estão cumprindo 72 mandados de busca e apreensão, 3 mandados de prisão
preventiva e 2 mandados de condução coercitiva, em 51 municípios em 14 estados:
Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas
Gerais, Goiás, Ceará, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Piauí, Pará e Sergipe.
A ação é uma sequência da
operação Glasnost, deflagrada em novembro de 2013, ocasião em que foram
cumpridos 80 mandados de busca e prisão e realizadas 30 prisões em flagrante
por posse de pornografia infantil. Foram, ainda, identificados e presos
diversos abusadores sexuais, bem como resgatadas vítimas, com idades entre 5 e
9 anos.
A investigação teve como base
o monitoramento de um site russo, utilizado como uma espécie de ponto de
encontro de pedófilos do mundo todo, e resultou na identificação de centenas de
usuários, brasileiros e estrangeiros, que compartilhavam pornografia infantil
na internet, bem como de diversos abusadores sexuais e produtores de
pornografia infantil, tendo sido identificadas, ainda, diversas crianças
vítimas de abuso.
Os investigados produziam e
armazenavam fotos e vídeos de crianças, adolescentes e até mesmo de bebês com
poucos meses de vida, muitos deles sendo abusados sexualmente por adultos, e as
enviavam para contatos no Brasil e no exterior.
O nome da operação – Glasnost
– é uma referência ao termo russo que significa transparência. A palavra foi
escolhida porque a maior parte dos investigados utilizava servidores russos
para a divulgação de imagens de menores na internet e para realizar contatos
com outros pedófilos ao redor do mundo.
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