Trabalhadores vão cruzar os braços a partir de
terça-feira (6) por tempo indeterminado
Bancários entram em greve no Brasil, parando de
atender nas agências, a partir de amanhã terça-feira. Portanto, fique atento
ao que fazer para pagar as contas durante a paralisação.
A dica, de acordo com o Instituto Brasileiro de
Defesa do Consumidor (Idec), é antecipar o pagamento dos boletos, se for
possível, ou optar pelos canais alternativos como caixas eletrônicos ou internet
banking.
Os trabalhadores ficarão de braços cruzados até
que os bancos atendam à reivindicação salarial da categoria. A última greve da
categoria, em 2015, se arrastou por 21 dias.
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Paralisação foi aprovada pela categoria em assembleia
na sexta-feira
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Aprovado em assembleia na noite de sexta-feira,
em Santos, o movimento segue tendência nacional de paralisação depois que a
categoria rejeitou a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de
6,5% de reajuste mais abono de R$ 3 mil.
Os bancários defendem a reposição da inflação
(9,57%) mais 5% de reajuste, além de piso de R$3.940,24 (equivalente ao
salário-mínimo do Dieese em valores de junho último).
Só caixas automáticos
A presidente do Sindicato dos Bancários,
reclama da proposta da Fenaban, que nem sequer cobre a inflação projetada até a
data-base (1º de setembro) deste ano, de 9,57%.
Por isso, o sindicato publicará avisos na
imprensa explicando as razões do movimento e apoiará a população no acesso aos
serviços de autoatendimento (vias caixas eletrônicos).
De acordo com ela, “os banqueiros lucraram
quase R$ 70 bilhões no ano passado, 16,2% mais do que em 2014, à custa da
classe trabalhadora. Para os bancos não existe crise e eles têm plenas
condições de atender à reivindicação de 14,78% de reajuste salarial, além das
demais pautas por melhores condições de trabalho”.
Outro ponto considerado crítico na proposta
patronal é o pagamento de um abono salarial de R$ 3 mil.
“O abono é uma estratégia usada pelas empresas
para achatar os pisos de ingresso e não recompor o poder de compra dos
salários, com o objetivo claro de acumular lucro”, explica o secretário-geral do
sindicato.
Ele explica ainda que o abono produz perdas
sobre o 13° salário, férias, INSS, FGTS, PLR. “O valor apenas resolve os
problemas imediatos do mês. E, sendo assim, os bancos não contabilizam a
quantia na folha seguinte”.
Reivindicações
Na lista de reivindicações constam, entre
outros, PLR equivalente a três salários mais R$8.317,90; vale-alimentação de
R$880,00 (valor do salário-mínimo); vale-refeição no valor de R$880,00 ao mês;
13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês; melhores condições
de trabalho com o fim das metas e do assédio moral.
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