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A Falma está sendo investigada por ofertar cursos sem reconhecimento. |
O Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e
Consumidor (Procon/MA) abriu uma investigação em face a Faculdade do Leste
Maranhense (Falma), em Codó. Denúncias apontam suspeita de que os cursos
superiores oferecidos à distância pela instituição não são reconhecidos pelo
Ministério da Educação (MEC). Segundo as denúncias dos consumidores, alguns
alunos chegaram a ser realocados para outras instituições sem serem previamente
avisados e outros sequer receberam diploma.
A autorização e o reconhecimento do curso junto
ao MEC é imprescindível, conforme o artigo 9 e seguintes do Decreto nº
5.773/2006 e a o artigo 9 inciso IX da Lei 9.394/96. Sem isso, os diplomas não
têm nenhuma validade.
Vale ressaltar que o Artigo 14 do Código de
Defesa do Consumidor atribui ao fornecedor a responsabilidade de reparar danos
causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação do serviço,
independentemente da existência de culpa. O Artigo 37 do mesmo Código
caracteriza ainda como enganosa qualquer publicidade que veicula informações
inteira ou parcialmente falsas, ou ainda que induzam o consumidor a erro.
A Falma tem o prazo máximo de 5 dias, após o
recebimento da notificação, para apresentar ao órgão de defesa do consumidor o
reconhecimento expedido pelo MEC para o funcionamento de todos os cursos de
graduação, bem como seu credenciamento para tal e os relatórios de avaliação de
seus cursos pelo Sistema Nacional de Avaliação de Educação Superior (SINAES).
Deverá, ainda, apresentar o planejamento de como será feito o remanejamento dos
discentes para outra instituição que tenha credenciamento em EAD, além das
medidas para ressarcir os alunos que não aceitarem o remanejamento.
Caso não atenda à solicitação, a Instituição de
Ensino pode incorrer em crime de desobediência, nos termos do Artigo 330 do
Código Penal, ficando sujeita às penalidades administrativas e civis cabíveis.
Caso as denúncias se comprovem, as sanções podem variar de multa até suspensão
da atividade.
Outras ações em Codó - MA
Desde o início deste ano, sob nova coordenação,
a unidade do Procon/MA em Codó tem intensificado as ações no município. Durante
os meses de fevereiro e março, foram feitas fiscalizações semanais do
atendimento nas agências bancárias Banco do Brasil, Caixa, Banco do Nordeste,
Itaú e Bradesco com autuação das infrações constatadas. A prestação de serviços
das agências bancárias no período do carnaval garantiu a regularidade no
funcionamento dos terminais eletrônicos. Em 2016, foram autuados 87 bancos e
aplicado cerca de R$ 950 mil multas às agências da cidade.
Suspeitas de cobranças abusivas em faturas do
Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) também vêm sendo investigadas. Além
disso, a nova equipe de fiscalização do município tem intensificado ações de
fiscalização de postos de combustíveis e dos preços do gás de cozinha. Foram
autuadas 4 vendedoras de gás e aplicada multa no valor de R$ 20 mil por
irregularidades.
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