Alvará de soltura do juiz veio com um protesto contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff |
Ao decidir pela soltura de um preso em Belo
Horizonte, o juiz Carlos Alberto Simões de Tomaz, da 17ª Vara da Justiça
Federal em Minas Gerais, resolver protestar contra o processo de impeachment da
ex-presidente Dilma Rousseff. "Enquanto os bandidos deste País, que
deveriam estar presos, estão soltos dando golpe na Democracia", escreveu
Tomaz em sua decisão.
O UOL entrou em contato com a assessoria da
Justiça Federal em Minas Gerais, que informou que o juiz não comentaria o caso,
mas confirmou a decisão. De acordo com a assessoria, o juiz que estava de
plantão no fim de semana, expediu três alvarás de soltura, entre eles, o de
José Cleuto de Oliveira Almeida.
O "protesto" do magistrado aconteceu
no sábado (27), às vésperas da votação no Senado Federal que provocou a saída
de Dilma da Presidência da República.
O juiz Carlos Alberto Simões de Tomaz |
Almeida foi solto no domingo (28) de um presídio
de Belo Horizonte, após receber alvará de soltura da Justiça Federal, segundo a
Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais. Um dia antes, o juiz decidiu
soltar Almeida, alegando que "não havia justa causa para a manutenção de
sua prisão".
Ao argumentar sobre sua decisão, o juiz
alegou que Almeida "está a ganhar seu pão", ao contrário de outras
pessoas que deveriam estar presas.
"Efetivamente, o custodiado (preso) está
a ganhar seu pão, enquanto os bandidos deste País, que deveriam estar presos,
estão soltos dando golpe na Democracia", afirmou Tomaz.
(fonte UOL)
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